Revoluções Burguesas: A Revolução Americana

  • As Treze Colônias

     As colônias do Norte (Nova Inglaterra):

     -Representou uma região colonial atípica, apresentando características que não se enquadravam nos princípios mercantilistas.
     -Suas condições físicas e climáticas não favoreciam uma produção agrícola destinada a complementar a economia metropolitana. Por outro lado, suas reentrâncias na costa possibilitavam excelentes portos e promoviam o comércio marítimo, além de desenvolverem atividades pesqueira. Também havia um intenso extrativismo de madeira e peles.
     -Entre as características nelas desenvolvidas podemos citar, as pequenas e médias propriedades; mão de obra familiar, livre, assalariada…; policultura; produção voltada para a subsistência, para o mercado local (interno) e mercado externo (comércio triangular); produção manufatureira (navios, armas…).

      As colônias do Sul:
     -Diferente das colônias do norte, as do sul ofereceram amplas possibilidades para a economia de exportação, correspondendo as necessidades da metrópole.
     -Suas condições físicas e climáticas favoreciam a produção agrícola, pois era repleto de planícies extensas cortadas por correntes fluviais navegáveis, clima subtropical e solo fértil.
     -Entre as características nelas desenvolvidas podemos citar, a monocultura (tabaco, arroz, índigo e algodão), latifúndio, escravidão e produção voltada para o mercado externa (principalmente europeu) – plantation.
     -Os enriquecidos latifundiários sulistas, utilizavam parte de sua riqueza com a compra de produtos manufaturados importados da metrópole.

  •  O “Desenrolar”:

      A Inglaterra vivenciou a Revolução Inglesa no século XVII, um processo revolucionário que resultou na chamada Revolução Gloriosa com a implantação da Monarquia Parlamentarista.
     -No século XVIII a Inglaterra se envolveu em um conflito externo, em função de disputas territoriais na América, chamado de Guerra dos Sete Anos (1756-1763).
     -Em função de problemas internos e externos, a Inglaterra não exercia uma fiscalização severa sobre suas colônias, o que favoreceu ao desenvolvimento colonial (politicamente – autogoverno e economicamente – o desenvolvimento de um mercado interno e de um comércio externo).

  • O cerco metropolitano:

     -Os conflitos de interesses entre colonos americanos e autoridades britânicas existiam desde o início da colonização, mas foram intensificados após a Guerra dos Sete Anos (1756-1763).

     -Apesar de ter sido vitoriosa, a Inglaterra teve sua economia abalada por muitas despesas militares com a guerra.

     -Para se reerguer, o governo inglês ampliou o controle, a fiscalização e os impostos sobre os colonos das 13 colônias na América.

  •  As leis restritivas:

     -Linha de Proclamação Régia (1763) e depois Ato de Quebec (1774): proibia a penetração dos colonos nos territórios a oeste;
     -Lei do Açúcar (1764): taxação sobre produtos importados (melaço) que não viessem das Antilhas britânicas;
     -Lei do Selo (1765): cobrava uma taxa sobre os diferentes documentos comerciais, jornais, livros, anúncios, etc;
     -Lei dos Alojamentos (1765): exigia fornecimento de alojamento para as tropas britânicas em solo americano (13 colônias);
     -Lei do Chá (1773): concedia o monopólio do comércio do chá indiano à Companhia das Índias Orientais;
     -Leis intoleráveis (1774): fechamento do porto de Boston e a autorização do governo inglês de julgar e punir severamente os colonos contrários a Coroa;

   Objetivos destas leis metropolitanas:

• Aumentar a receita da Coroa britânica;
• Proibir a instalação ou continuidade de indústrias na região colonial;
• Impedir a concorrência comercial da colônia com a metrópole;
• Assegurar o monopólio do mercado colonial a metrópole, ou aos produtos comercializados por ela;
• Para que essas medidas funcionassem era necessário: a formação de milícias e órgãos fiscalizadores.

  • A reação colonial e a independência:

• Boicote aos produtos comercializados pela metrópole;
• Ataque dos comerciantes das colônias do norte aos navios ingleses ancorados no porto de Boston (Festa do Chá de Boston – 1773);
• Primeiro Congresso Continental de Filadélfia (1774): os colonos redigiram a Declaração de Direitos (documento de protesto enviado ao governo inglês);
• Os colonos do Norte e do Sul se uniram, em função do Ato de Quebec;
• Dado o aumento da repressão metropolitana (rei Jorge III) os colonos reagiram também com suas tropas;
• Segundo Congresso Continental de Filadélfia (1775): movimento separatista, com a confirmação da escolha de George Washington para líder do exército rebelde. Nele foi redigida a Declaração de Independência (liderada por Thomas Jefferson);
• Guerras de Independência (1775-1781): na primeira fase os colonos lutaram sozinhos contra a metrópole inglesa e na segunda fase contaram com o apoio da França, Espanha e a região da atual Holanda.
• Somente em 1783 a Inglaterra reconheceu a independência das Treze Colônias (Tratado de Versalhes).

  • O novo país e sua Constituição:

    -Foi proclamada em 1787 a Constituição dos Estados Unidos, tendo as seguintes características:

• Tipo de Estado – República Federativa Presidencialista;
• Cidadania – foram assegurados direitos civis e políticos;
• Tripartição dos poderes – Executivo (administração – Presidente), Legislativo (leis – Congresso, Senado e Câmara) e Judiciário (aplicação da justiça – Suprema Corte);


Movimentos e formas de governo do século XVIII

                Durante o tempo histórico houve várias formas de regime como o Despotismo Esclarecido, que é uma autoridade política, que pode ser republicana ou mista, levando até mesmo a tirania. A Monarquia Absoluta é a forma de autoridade total do rei (ou autoridade) no comando. Já o Iluminismo é a revolução da forma de pensar, uma liberdade individual.

                Ambos os textos se tratam sobre a relação entre os movimentos do século XVIII, suas formas de governos e a o que eles levaram a população. Os pensadores que impulsionaram as novas formas e visões do novo ideal foram (principalmente), Montesquieu (que defendia o poder executivo, legislativo e judicial), Voltaire (era contra o absolutismo e a favor da liberdade), Rousseau (acreditava na bondade natural dos homens e que foram poluídas pela população, era a favor da vida simples, igualdade e justiça, foi o autor do contrato social).

                Durante o século XVIII as novas formas de agir levaram o mundo a se tornar uma sociedade capitalista e liberal.